Aldo Damioli sempre trabalhou com o tema do paisagem urbana, utilizando um estilo que remete ao pintor do século XVIII Canaletto, famoso por retratar uma das metrópoles mais importantes da época, Veneza. O artista frequentemente pinta Nova York, simbolicamente nomeando suas obras Veneza-Nova York em homenagem a Canaletto. Ele também retrata outras cidades, como Milão, atribuindo, com uma sutil operação conceitual, o estilo da pintura de paisagem clássica aos perfis das metrópoles contemporâneas.
Aldo Damioli
Artistas
Damioli cria vistas urbanas tão preciosas que, embora reproduzam fielmente a estrutura e os edifícios das grandes metrópoles atuais, parecem ter perdido toda semelhança com sua forma real. O efeito resultante é de um forte deslocamento. Sua pintura é conceitual, destinada a desafiar os clichês e estereótipos do mundo contemporâneo. Para isso, o artista utiliza deliberadamente um estilo não contemporâneo, com o objetivo de subverter todo o sistema da nossa visão.
Para a Galleria Vik Milano, o artista escolheu pinturas dedicadas a Milão, imergindo a cidade lombarda em uma atmosfera noturna inquietante que parece saída de um romance noir.
Aldo Damioli nasceu em Milão em 1952, onde vive e trabalha. Sua obra, rica em referências à história da arte italiana, mas centrada nas imagens das grandes metrópoles contemporâneas, é considerada um dos exemplos mais interessantes de reflexão sobre o paisagem contemporânea. Damioli participou de numerosas exposições coletivas em diversos museus e instituições públicas, entre elas a Bienal de Veneza e a Quadrienal de Roma. Entre os museus públicos que acolheram suas obras estão: o Palazzo Reale e o PAC em Milão, o Museu Rupertinum de Salzburgo, a Galeria de Arte Moderna de Budapeste, a Galeria de Arte Moderna de Gênova e Bolonha e a Promotrice delle Belle Arti de Turim.