Moises Santos trabalha com pintura e instalação, explorando a relação entre formas naturais e artificiais. Suas telas, caracterizadas por uma grande energia de matéria e cor e pela repetição e sobreposição de elementos de forma arredondada, são um hino à vitalidade das formas naturais. Embora alimentado por experiências que remetem à tradição da abstração clássica, o artista nascido no Brasil enxerga a realidade como um território de infinitas sugestões e experimentações, escapando de qualquer definição rígida sobre seu estilo e trabalho. Ele próprio se define como um artista em constante evolução e mudança, que tenta escapar de qualquer tipo de classificação.
Moises Santos
Artistas
Os temas de suas telas remetem a um céu estrelado, uma porção do universo, um fundo do mar, o reflexo da água em uma superfície ou o interior de um organismo natural. São reflexões sobre a relação entre o micro e o macro, entre formas infinitamente pequenas e as infinitamente grandes, como o universo. No entanto, as obras de Moises Santos também são metáforas visuais de um universo formal caracterizado por fluidez, instabilidade e uma energia vital incontrolada. Com seu trabalho, o artista busca expressar o senso de fragilidade que o ser humano vivencia diariamente, aquele estado de insegurança e transitoriedade que o coloca diante do poder de uma força superior, seja ela Deus ou a natureza, que inevitavelmente revela os limites humanos. “Essas composições são uma projeção de jornadas universais nas quais me expresso através da cor”, explica o artista.
Moises Santos nasceu em Aracaju, Brasil, em 1972. Seu amor pelas cores, dança e música logo se transformou em uma urgência expressiva que coincidiu com sua chegada à Itália, onde iniciou sua primeira temporada produtiva. Atualmente vive e trabalha na Itália, entre Milão, onde tem seu ateliê no Naviglio Grande, e Erba. Destacado por sua personalidade e pela energia liberada por suas obras, já em suas primeiras exposições coletivas e individuais Moises Santos experimentou técnicas mistas, utilizando acrílico, gesso acrílico e óleo para criar formas sem forma. Em 2005, criou no Naviglio Grande, em Milão, pequenos barcos de papel, uma instalação temporária ligada a um projeto de arte pública, a primeira de uma longa série de instalações artísticas que invadiram toda a Lombardia, a Itália e até mesmo o exterior. Ele também expôs em inúmeros museus públicos e privados, como o Aquário Cívico de Milão, o Castel dell’Ovo em Nápoles e feiras de arte internacionais.